My eyes meet your eyes
Our hands hold each other sometimes
And although I like the way you speak
Why are our mouths so far from each other?
Why can't our lips also meet?
- I’m in love with my best friend. - Hermione says after kissing him.
- Isn’t Harry your best friend? – asks Ron, smiling.
- He is, indeed. He’s more than a friend… He’s like a brother. You’re my best friend too. And you’re more than a friend, when we really mean “more than a friend”. This is odd, because I always liked your family, but I don’t feel like your sister.
- You’ve been part of this family, already. But now you are officially. And you can stay… forever, if you want.
Hermione’s eyes glisten. Ron runs his hand down her face.
- Hermione… will you… Will you be my wife, when things are calmer?
- Ron…
- Well, if, if you don’t want…
She puts her hand on his lips.
- I do. I will.
Ron looks at her with a sincere smile. And then, kiss his best friend once more.
PS: Eu deveria ter postado isso aqui há muito tempo, mesmo estando em Inglês. Me desculpe.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
You torture me with the pleasure of your presence. I can't stop thinking about you. I can't stop willing to be with you. The seconds, just the seconds I stay in your eyes are precious.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
"Feliz a pessoa pra quem você escreveu isso."
Oh
Essa eu não esperava.
Mas que ótimo ouvir isso. De verdade.
Lia olhava fixamente para o teto naquela madrugada de
quarta-feira. Havia acordado mais cedo
que o normal, tivera um sonho estranho e muito bonito. No sonho ela estava
cavalgando. Isso por si só não era estranho. Mas ela estava cavalgando no
ar. E o cavalo puxava um balão. No
balão, um casal de bailarinos dançava.
Ela
apreciava a cavalgada aérea, a paisagem, o vento, sentindo-se completamente
livre e feliz. Por vezes olhava para trás para espiar os bailarinos dançando. E
depois de certo tempo, à altura em que estavam, a dança era o que estava mais
perto dela e era a única coisa que ela poderia observar com atenção. Então Lia
decidiu virar-se de costas no cavalo e se deitar sobre ele, apoiando a cabeça
em seu pescoço.
Era de
se esperar que ela caísse com o balanço da cavalgada, estando deitada e sem
nada para segurar firmemente, mas havia um equilíbrio surreal que a impedia de
se preocupar com uma possível queda. E ela sempre confiara em cavalos, embora
não ficasse tão solta a ponto de se deitar sobre eles enquanto eles correm.
Deitou-se
sobre o cavalo como se deitasse sobre um divã, mas não se enganava,
acariciava-o sorridente enquanto os observava. O casal dançava lindamente.
Penduravam-se pelas bordas, giravam, moviam-se livremente, apesar do pouco
espaço. E a dança estava cada vez mais bonita e mais intensa. Eles se olhavam
fixamente e dançavam com paixão. Parecia que um só cérebro comandava aquela
dança, tão sincronizado era o improviso. Mesmo quando fechavam os olhos.
Lia
estava cada vez mais admirada e emocionada. Foram poucos os espetáculos que a
fizeram devorar uma cena assim com tanta voracidade. Ela sentia que era uma
parte dela que estava ali, e a queria de volta. Queria estar ali. Queria dançar
com eles. Queria dançar como eles. Queria
alcançar aquela flexibilidade que, somada à força, a permitiria fazer o que
quisesse com o seu corpo. E poderia estar nas nuvens, estando onde estivesse.
Chegou
um certo ponto em que os movimentos um do outro se completavam tão
perfeitamente e seus corpos estavam de tal forma unidos que eles se
transformaram, fundindo-se num só corpo. E este novo ser estava de pé, olhando
fixamente para Lia, deixando-a sem ar.
Lia
acordou, embora não quisesse. Não tinha sido um pesadelo. E ela queria
conhecê-lo. Afinal, o que ele era? Ela queria saber se tinha doído
transformar-se em um só.
Ela
pensou na dança. “É assim que se deve dançar. Os bailarinos devem ter
entrosamento. Para ser perfeito, eles devem dançar como se fossem um só.” Ela
pensou, “Aliás, o amor também deveria ser assim.”
A essa
hora o quarto estava sendo inundado por uma luz alaranjada. O sol estava
nascendo. Lia decidiu que era um bom momento para sair e ver esse espetáculo.
Sua cama não era a única que a chamava.
Lá fora
ela tentou fazer com que a luz solar clareasse mais os seus pensamentos. Tentou
se lembrar do rosto do bailarino, o resultado final. Era uma mistura, ela não
sabia. Tentou se lembrar da cor dos olhos, que a fitaram com tanta intensidade.
Não conseguiu.
Lembrou-se
da cor dos cabelos. Eram pretos. Destacavam-se na claridade do céu, das nuvens,
da pele. Eram também lisos e volumosos, indo até um pouco acima dos ombros. E,
ironicamente, era a única coisa que via com clareza.
Olhando
para o céu, ela se lembrou da sensação que era voar em cima de um cavalo.
Curiosamente, ela não sonhou com um cavalo alado. “Cavalgar também é bom.”,
pensou. E, como a terra era o que ela tinha no momento, resolveu visitar Roxy,
a égua que tinha ganhado de sua avó em seu aniversário de 16 anos, e chama-la
para uma cavalgada. Estavam juntas há quase dois anos agora.
Lia
cumprimentou Roxy acariciando seu pescoço e dando-lhe um beijo no topo da
cabeça, que a égua tinha abaixado para cumprimenta-la. “Vamos dar uma volta,
minha pequena?”, Lia chamou, embora ela fosse pequena, e não a égua.
Enquanto
preparava sua égua para a cavalgada, ela dizia “Tive um sonho lindo hoje,
Roxy... Você nunca me deixou cair não é mesmo?”.
“É uma
boa égua, mas você sempre cavalgou muito bem.” Lia se virou assustada pela voz.
Ela achou que fosse a única com duas pernas ali naquele instante. E quando se
virou, ela viu... Um par de olhos – obviamente acompanhados de um corpo, mas
ela se fixou nos olhos – que olhavam bem dentro dos seus. E Lia pôde ver a cor
deles, que oscilava entre azul e cinza. E ela se lembrou das nuvens, embora as
do sonho estivem brancas, e lembrou-se do azul do céu, lá no alto...
Os
cabelos não eram negros como os do bailarino (e também como os dela mesma).
Aliás, ela sabia, nem era um bailarino que estava ali. Não era um bailarino,
mas com certeza era alguém que poderia dançar com ela. Talvez não ali. Talvez
não naquele momento. Mas seria fascinante. Como cavalgar sobre as nuvens.
What about telling you a little secret? I don't usually do this. I like the mystery. But you are mystery. And I don't see judgement in your eyes. I see acceptance, patience. I like it. - I like you.
May I say I'm happy? You make me think, you make me feel. And now you know it. A bit of it.
I'm taking this to another way. I was talking about something else. But the fact is that I feel good. But "good" is a word so simple... I don't know.
I don't wanna talk about you. I'm afraid I go too far. I don't know if it's love. I just know it feels good.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Eu já chorei à noite, atormentada por uma história. Querendo entrar nela, mudá-la, fazer as coisas de um modo diferente. Mas se fosse diferente, não haveria história. Se não fosse triste, não haveria história. E eu não a conheceria, não sofreria, não amaria. Se o amor fosse possível, ele não existiria.
domingo, 13 de março de 2011
Os escritores são cruéis. Eles nos fazem amar... e matam.
E eu sou o que, se eu gostaria de ter esse talento?
"Um nome para o que sou? Importa muito pouco, importa o que eu gostaria de ser." - Clarice Lispector
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Ele me viu chorando Mas é tão difícil dizer... Não quero que ele saiba Porque eu o amo demais. Sei que estará sempre aqui Que será sempre amigo Mas por estar tão perto É ainda mais difícil.
É péssimo ter que ouvir "aquilo foi uma droga!" sobre algo que eu fiz de coração e me entreguei de corpo e alma por vontade própria. E ter de ouvir uma pessoa estúpida e abissalmente ignorante chamar minha arte de lixo...
Depois de todo esse tempo, tais comentários não me fazem mais querer chorar desesperadamente, gritar, bater - agora falo o menos possível e procuro manter a calma. No lugar disso, o que eu senti foi um profundo desprezo, misturado de alguma forma com pena e... nojo.
Mas eu encontrei uma saída. E sinto um prazer insano e vingativo em saber que não acabou - muito pelo contrário, está só no começo. Eu consegui escapar silenciosamente e, no entanto, continuo aqui, como se nada tivesse acontecido, como se tivesse me conformado... Essa é a melhor vingança.
Tamanha ignorância, repulsa, desrespeito e desprezo por algo que eu descobri ser tão maravilhoso só fizeram crescer o meu amor, e não matá-lo, apagá-lo, como obviamente era a intensão.
Eu descobri vida, descobri essência real e divina. E pode ser belo e ao mesmo tempo terrível, às vezes. Mas eu vejo e compreendo ambos. E amo.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
"Você tem um confronto de duas pessoas totalmente diferentes, uma desmembrada, e que se tornou menos que humano, porque para mim, humano inclui a capacidade de amar, e ele deliberadamente se desumanizou... E essa outra pessoa cheia de falhas, vulnerável, e ainda assim continua lutando, continua amando, ainda se atrevendo a amar, se atrevendo a ter esperança."
Tenho apenas um sonho Que alimenta minha alma Ou que a devora. O sonho de ser alimentada pelo amor, E devorada pela paixão. Paixão essa, ardente como o fogo E o amor, O amor suave e puro como o ar que eu respiro, Com perfume de rosas ao meu redor Rosas essas que você trouxe para me ver sorrir Mas fico feliz apenas em ver seu rosto prto de mim Ver seus olhos dentro dos meus E, dentro desses olhos Eu vejo meu sonho O sonho que me faz viver. Vejo em seus olhos O amor e a paixão que, Agora eu sei, Sente por mim. E agora eu realmente vivo Vivo por ser amada por você.
She Will Be Loved, do Maroon 5 - uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos senão a. Composição: Adam Levine e James Valentine
Linda rainha de apenas dezoito anos ela
tinha alguns problemas com ela mesma
Ele sempre estava lá para ajudá-la
ela sempre pertenceu a outra pessoa
Eu dirigi por milhas e milhas
E acabei em frente a sua porta
Eu tive você por tantas vezes,
mas de algum jeito, eu quero mais
(Refrão)
Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na esquina da sua casa, com a chuva caindo
Procuro a garota do sorriso partido
Pergunto a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada...
Dê um toque na minha janela, bata na minha porta
Eu quero fazer você se sentir bonita
Eu sei que às vezes sou meio inseguro
Não importa mais
Nem sempre são arco-íris e borboletas
É o compromisso que nos move juntamente
Meu coração está cheio e minha porta sempre aberta
Você pode vir qualquer hora que você quiser
(Refrão)
Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na esquina da sua casa, na chuva caindo
Procuro a garota do sorriso partido
Pergunto a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada
Eu sei onde você se esconde
Sozinha no seu carro
Sei todas as coisas que fazem você ser quem é
Eu sei que adeus não significa nada
Volte e me peça pra que a segure toda vez que ela cair
Dê um toque na minha janela, bata na minha porta
Eu quero fazer você se sentir linda
(Refrão)
Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na esquina da sua casa, na chuva caindo
Procuro a garota do sorriso partido
Pergunto a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada
Tenho ouvido Kate Nash e Katy Perry essa semana.
Essa música é da Kate Nash (e não se chama I wish, como eu coloquei no título da postagem, mas Nicest Thing).
A letra é linda e a melodia é encantadora. Uma parte:
Basically, I wish that you loved me I wish that you needed me I wish that you knew when I said two sugars, actually I meant three I wish that without me your heart would break I wish that without me you'd be spending the rest of your nights awake I wish that without me you couldn't eat I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep
Basicamente, eu queria que você me amasse Eu queria que você precisasse de mim Eu queria que você entendesse que quando eu pedisse dois torrões de açúcar, na verdade eu queria três Eu queria que sem mim o seu coração se partisse Eu queria que sem mim você passasse o resto de suas noites acordado Eu queria que sem mim você não pudesse comer Eu queria ser a última coisa em que você pensasse antes de dormir
Eu tinha 13 anos, 7 meses e 7 dias quando comecei a ler esse livro, que terminei 18 dias depois - muito tempo para mim. Quanto ao seu conteúdo eu era totalmente inocente. Eu realmente não sabia do que se tratava.
Foi assim que o conheci:
Estava eu, numa tarde qualquer daquele ano, andando tranquilamente a caminho da biblioteca. Chegando lá decidi explorá-la um pouco observando a estante de Literatura Francesa – porque eu acho uma língua charmosíssima, amo Cyrano de Bergerac, etc. Lá eu o vejo. E, interessada no título – simplesmente um nome -, eu o pego.
Um livro de um modelo clássico: páginas amareladas; capa dura azul escura; somente o título e o nome do autor, Gustave Flaubert; atrás, nada. Nenhuma sinopse.
Lendo o título eu tive a impressão de já ter ouvido falar nela, e pensei “Quem foi essa mulher?”. E decidi lê-lo.
Tempos depois fui à biblioteca devolver Matilda. E na quinta-feira, 1° de novembro, eu peguei Madame Bovary. – Até hoje não me conformo em tê-lo pego depois de ler Matilda – tão fofo, tão inocente.
No começo eu não entendi nada, mas não queria desistir. Era como um desafio. Um livro mais sério. Um livro francês, da metade do século XIX, grosso, com um monte de palavras que eu não conhecia e nomes em francês! E, além disso, eu nem sabia do que se tratava! Estava completamente perdida.
Começou em primeira pessoa. Então pensei que seria ele todo assim, ou até mesmo um diário, escrito pela própria Madame Bovary. Mas começou a contar a história de Charles Bovary e seus pais, o que me fez pensar que a tal seria a mãe dele. Só que de tanto falar no Charles eu pensei que ele ia virar travesti e seria ele mesmo a protagonista. (Mas foi só uma hipótese, uma idéia súbita – e absurda – que me veio à cabeça.)
Ele conheceu uma moça linda e meiga chamada Emma e casou-se com ela. A protagonista finalmente apareceu! O começo do casamento foi ótimo. Mas depois… ela caiu nas garras do tédio e eles viviam na rotina. (Bom, minha vida também estava um tédio, e por isso estava lendo!)
Eu logo percebi que ela precisava de um novo amor. Com o Charles não tava mais dando! Coitada, tão solitária e infeliz. Só achava companhia nos livros que lia. E o pior é que o marido ainda achava que ela era feliz! Ele sorria observando-a e pensava que, mesmo sem ele fazer nada, ela era feliz!
Ele agora a beijava em horas certas – algo como tomar banho ou escovar os dentes: quando saía para trabalhar e na hora de dormir!
Depois de uma prova sobre Romeu e Julieta na última aula encontrei a Catia, minha professora de História, na entrada da quadra, e fiquei conversando com ela. E, na mais pura inocência, disse que estava lendo Madame Bovary. Ao que ela logo respondeu: “Ah, Bovary é sem-vergonha!” Detalhe: ela nem disse madame.
Meu queixo caiu. Fiquei sem palavras. Congelei. Ela percebeu que eu não sabia o que dizer e falou: “Ela saía com todo mundo, não é?” Eu respondi não. (Eu tinha que defender a personagem que estava lendo!) “É sim”, ela retrucou. E eu tive que concordar: “mais ou menos”. Ela ainda acrescentou: “Pra época dela, ela era uma biscate!” !
Ela disse aquilo com tanta tranqüilidade. Eu pensei “Mas ela ainda não traiu ele. Até onde eu li.” Mas o papo-Madame-Bovary tinha acabado ali. E ela o encerrou em grande estilo.
Fui para casa sorrindo, ainda surpresa. “Ela disse que Madame Bovary é sem-vergonha!”, pensava eu. E na tarde daquele mesmo dia, lendo no sofá da sala, sozinha, cheguei a uma frase que dizia “…e ela entregou-se.” Fiquei inquieta. “Como assim ‘ela se entregou’? Em que sentido? Quer dizer que ela desabafou, disse como era infeliz no casamento, chorou… Ou se entregou… no sentido sexual da coisa?”
Como eu não tinha certeza de nada, resolvi parar de pensar e continuar lendo. Conclusão? Ela fez amor com ele. Ah, o nome dele era Rodolphe. Aconteceu num passeio a cavalo, certamente num lindo bosque. Ele a seduziu e ela se entregou.
No dia seguinte perguntei à Susana, minha ex-professora de Português, se ela já o tinha lido. Ela disse que era… - ela estava procurando uma palavra para defini-lo – imoral para a época. E era. Tanto que foi processado por ofensa à moral pública e religiosa e aos bons costumes. Que não deu em nada. Pelo contrário, deixou o autor mais famoso.
E o Rodolphe, o que ele estava pensando! “Com duas ou três palavras de galanteio ela será posse adorável.” Isso é coisa que se pense a respeito de uma mulher? Ainda mais casada, no século XIX? (Tudo bem que ele estava certo, mas mesmo assim) “Eu adoro mulheres pálidas”… Posso te garantir que ela não ficava mais pálida quando estava com ele.
Foi muito bom, mas acabou. Eles iam fugir e ele a abandonou. Ela estava realmente apaixonada. Ficou doente, foi horrível. E depois que se salvou virou até religiosa. E, por conta disso, hesitou em se envolver num terceiro relacionamento. Até porque agora ela era mais velha. – Até parece que ela não dava conta do recado!
Aconteceu algum tempo depois do Rodolphe. Ela reencontrou um amigo que, ela sabia, fora apaixonado por ela. Era Léon. E, depois que eles se entenderam, ela passou a ir à cidade onde ele morava uma vez por semana com a desculpa de fazer aulas de dança!
Ela curtiu, se apaixonou. Foi feliz. Novamente. Mas se cansou dele também. Agora fazia aquilo quase que ‘por obrigação’. E ele também estava cansado. Mas eles continuaram.
Ela e o marido estavam endividados, ela achou uma solução simples para se livrar.
Depois disso, o Charles encontrou as cartas que ela trocava com o amante e pensou, desolado: “Amaram-se platonicamente talvez” O que eu pensei? “Ah, claro. Amaram-se muito platonicamente.” E minha árdua leitura chegou ao fim. O que não quer dizer que isto termina aqui.
Quando fui devolver… mais uma vez fui surpreendida por alguém que já o tinha lido. Mário, o bibliotecário. Eu entrei e coloquei o livro sobre a mesa. Ele pegou, olhou para mim e perguntou: “Quem leu esse livro?” Não entendi o porquê da pergunta e respondi simplesmente ‘eu’. Ele me perguntou: “Você não achou meio pesado?” Respondi timidamente que não. (Eu não queria mentir. Mas não estava nem um pouco a fim de relatar minhas impressões sobre esse livro a uma pessoa que eu nem conhecia direito. – Nada pessoal.)
Mas ele continuou: “Um tanto indecente, picante, maçante?” Eu continuei totalmente sem-graça e respondi novamente que não. – Eu não consegui mudar de idéia como eu fiz com a Catia. – Ele me devolveu a carteirinha e finalmente me deixou em paz.
E na última quinta-feira de aula eu fiquei conversando com a Catia. Disse que tinha terminado o livro e dei minha conclusão: ela nunca seria feliz. – os românticos que me desculpem, mas não fui eu quem escreveu o livro. – E a Catia ainda teve a coragem de repetir aquilo! “Ela era uma biscatinha.” - disse ela, sorrindo. – e agora no diminutivo!
Contei também sobre o interrogatório na biblioteca. E ela me ajudou perfeitamente: “Mas não era nada… que você não conhecesse” – Exatamente! Não é nada de outro mundo. Faz parte da história da humanidade.
E depois de tudo isso eu me perguntei “Quem, da minha idade, já leu Madame Bovary?” ou “Quem leu Madame Bovary quando tinha 13 anos de idade?” Fiquei orgulhosa de mim.
Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em instantes como murcham as rosas.
Disseram-me que o tempo que desliza é um bastardo
Que das nossas tristezas ele faz suas cobertas
(Refrão)
No entanto alguém me disse...
Que você ainda me ama,
Foi alguém que me disse que você ainda me ama.
Seria isto possível então?
Disseram-me que o destino debocha de nós
Que não nos dá nada e nos promete tudo
Faz parecer que a felicidade está ao alcance das mãos,
Então a gente estende a mão e se descobre louco
(Refrão)
Mas quem foi que me disse que você ainda me ama?
Eu não recordo mais, já era tarde da noite,
Eu ainda ouço a voz, mas eu não vejo mais seus traços
''ele ama você, isso é segredo, não lhe diga que eu disse a você''
Você ouve alguém me dizendo
Que você ainda me ama
Você disse isso realmente
Que você ainda me ama,
Seria isto possível então?
Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em instantes como murcham as rosas.
Disseram-me que o tempo que desliza é um bastardo
Que das nossas tristezas ele faz suas cobertas
Vídeo que eu fiz da música Le Toi du Moi, da Carla Bruni
(tradução) O Você de Mim
Eu sou a sua coroa
Você é minha cara
Você, o meu umbigo
E eu, o seu gelo
Você é o desejo, e eu, o gesto
Você é o limão, e eu, o sabor
Eu sou o chá, você é a xícara
Você, a guitarra, e eu, o baixo
Eu sou a chuva, e você é minhas gotas
Você é o sim, e eu, a dúvida
Você é o bouquet, e eu sou as flores
Você é a aorta, e eu, o coração
Você, você é o instante, e eu, a felicidade
Você é o copo, eu sou o vinho
Você, você é a grama, e eu, a junta
Você é o vento, eu sou o vendaval
Você, a raquete, e eu, a bola
Você é o brinquedo, e eu, a criança
Você é o homem velho, e eu, o tempo
Eu sou a íris, você é a pupila
Eu sou o tempero, você, a papila
Você, a água que vem, e eu, a boca
Você, o amanhecer, e eu, o céu que adormece
Você é o padre, e eu, a embriaguez
Você é a mentira, e eu, a preguiça
Você é o guepardo, e eu, a velocidade
Você é a mão, e eu, a carícia
Eu sou o inferno da sua pecadora
Você é o céu, e eu, a terra, hum
Eu sou a orelha da sua música
Eu sou o sol de seus trópicos
Eu sou o tabaco do seu charuto
Você é o prazer, e eu, o raio
Você é a escala, e eu, a nota
Você é a chama, e eu, o fósforo
Você é o calor, eu sou a preguiça
Você é o entorpecimento, e eu, o cochilo
Você é o frescor, e eu, o aguaceiro
Você é as nádegas, eu sou a cadeira
Você é bemol, e eu sou sustenido
Você é o Laurel do meu Hardy
Você é o prazer do meu suspiro
Você é o bigode do meu Trotsky
Você é todos os estalos da minha risada
Você é a melodia da minha sirene
Você é o sangue, e eu, a veia
Você é o jamais do meu sempre
Você é o meu amor, você é o meu amor
Eu sou a sua coroa
Você, o meu rosto
Você, o meu umbigo
E eu, o seu gelo
Você é o desejo, e eu, o gesto
Você é o limão, e eu, o sabor
Eu sou o chá, você é a xícara
Você, a prostituta, e eu, o bordel
Você é o túmulo, e eu, o epitáfio
E você o texto, eu sou o parágrafo
Você é o erro, e eu, a gafe
Você é a elegância, e eu, a graça
Você é o efeito, e eu, a causa
Você é o divã, e eu, a neurose
Você é o espinho, eu sou a rosa
Você é a tristeza, eu sou o poeta
Você é a Bela, eu sou a Fera
Você é o corpo, eu sou a cabeça
Você é o corpo, hummm
Você é a seriedade, eu sou a despreocupação
Você, o guarda, e eu, a balança
Você, o jogo, e eu, a forca
Você é o tédio, e eu, o transe
Você, o muito pouco, e eu, o bastante
Eu, o sábio, e você, o idiota
Você é o raio, e eu, a pólvora
Você é a palha, e eu, a viga
Você é meu superego
Você é Charybde, e eu, Scylla
Você é a mãe, e eu, a dúvida
Você é o nada, e eu, o tudo
Você é a melodia da minha sirene
Você, você é o sangue da minha veia
Você é o jamais do meu sempre
Você é o meu amor, você é o meu amor