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domingo, 4 de novembro de 2012

Ontem eu acordei querendo ouvir Nicest Thing, hoje foi Never Let Me Go. Hm. Desse jeito quero ver o que vai ser amanhã.

sábado, 3 de novembro de 2012

Ultimamente eu tenho tido raiva do meu celular tocando músicas no aleatório. Tem 612 músicas e ele insiste em repetir algumas. Mas hoje ele foi um lindo. Eu estava com vontade de ouvir Nicest Thing, da Kate Nash, e depois tocou:
Chanson Triste - Carla Bruni
What The Water Gave Me - Florence + The Machine
Bagatelle - Yann Tiersen
Blinding - Florence + The Machine
Revenge - 30 Seconds to Mars
Hurricane - 30 Seconds to Mars
Rain on your parade - Duffy
Early Winter - Gwen Stefani
Leave out all the rest - Linkin Park
L'homme aux bras ballants - Yann Tiersen
I see dead people in boats - Hans Zimmer (Trilha sonora de "Piratas do Caribe: No fim do mundo")

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

No Light, No Light - Florence + The Machine


"You are the hole in my head
You are the space in my bed
You are the silence in between
What I thought and what I said"

"You're my head, you're my heart"

One of my favorites

quinta-feira, 5 de maio de 2011


Lar...
E nós estamos juntos
E vamos fazer maravilhas,
Não vamos?

Música: My Friens - Johnny Depp e Helena Bonham Carter (no filme Sweeney Todd - O barbeiro demoníaco da rua Fleet)


Imagem: Accio Ócio!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Aleatório

Hoje eu estava ouvindo música no aleatório no computador. Eu gosto de ouvir música no aleatório para perceber os diferentes (às vezes beeem diferentes) tipos de música que eu gosto. E o engraçado é que vêm as combinações mais bizarras.
Por exemplo, depois de uma música do Rammstein vem uma do Beirut, ou da Lily Allen. Ou quem sabe eu ouça uma música da Carla bruni e depois venha uma do Linkin Park; ou está tocando uma do Green Day e depois uma da Kate Nash, ou Feist, ou Katy Perry, e depois 30 Seconds to Mars ou Arctic Monkeys, ou Panic At The Disco... São inúmeras.
Hoje aconteceu que eu ouvi a música Air do Hans Zimmer, uma música instrumental linda de mais de 9 minutos, da trilha sonora do filme Anjos e Demônios. E depois dela o que veio?... Alguém adivinha?...
Nada mais, nada menos do que Lady Gaga, com a música Love Game, é claro! Porque Lady Gaga e Hans Zimmer tem tudo a ver. Lady Gaga é quase música clássica...
Eu não agüentei, tive crise de riso. E o pior é que eu ainda ouvi Love Game inteira. (Ah, fazia tempo que eu não ouvia essa.) E depois veio o quê? Beirut, lógico! A música era Guyamas Sonora, que eu amo. E depois veio My Chemical Romance... Então, né...
Agora pouco tocou Audioslave – Like a Stone, e depois Ana Carolina – Armazém (riso), e Blink 182 com All The Small Things! Depois de Ana Carolina, ANA CAROLINA, vem Blink 182 com ALL THE SMALL THINGS!, que ridículo! (nova crise de riso)
Enfim...
Agora eu acabo esse texto ouvindo Muse – Feeling Good.
Não, acabou, agora tá tocando Katy Perry – Teenage Dream.

Ps: Se você não conhece os artistas ou músicas que eu falei, não se preocupe, você é normal. Hhm, não que eu não seja...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Pra ser sincero

Pra Ser Sincero
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger

Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero
Não espero que você
Minta!
Não se sinta capaz
De enganar
Quem não engana
A si mesmo...

Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos...

Pra ser sincero
Não espero de você
Mais do que educação
Beijo sem paixão
Crime sem castigo
Aperto de mãos
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero
Não espero que você
Me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma
Ao diabo...

Um dia desse
Num desses
Encontros casuais
Talvez a gente
Se encontre
Talvez a gente
Encontre explicação...

Um dia desses
Num desses
Encontros casuais
Talvez eu diga:
-Minha amiga
Pra ser sincero
Prazer em vê-la!
Até mais!...

Nós dois temos
Os mesmos defeitos
Sabemos tudo
A nosso respeito
Somos suspeitos
De um crime perfeito
Mas crimes perfeitos
Não deixam suspeitos...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Gosto de músicas longas - Faroeste Caboclo (Legião Urbana), Jesus of Suborbia (Green Day), Science and Religion (Hans Zimmer) - uma nacional, uma internacional, e uma instrumental, hehe.

Gosto de música que parece que vai acabar. Cold Desert, do Kings of Leon é muito, muito linda. E, quando "acaba" a primeira vez, ele volta cantando baixinho e o som vai aumentando. Uma vez eu ouvi essa parte no último volume (no fone) para perceber o quanto aumenta - quase fiquei surda.
Outro dia eu estava distraída ouvindo um CD que meu professor de dança me emprestou, e tinha uma música muito bonita com piano, e parecia que acabava e voltava de novo... depois eu percebi que o CD tava ralado... Mas tem a mesma música em outro CD e, realmente, tem umas 4 pausas e vai ficando cada vez melhor...

Música cujo título é apenas um número: 505 (Arctic Monkeys), 503 (Hans Zimmer), 17 (Kings of Leon), 22 (Lily Allen), 1997 (Hateen), 1973 (James Blunt), 1 2 3 4 (Feist).

Ou um nome: Raphael (Carla Bruni) Fátima, Natasha (Capital Inicial), Renata (Tihuanna), Christine (Ben Jelen).
Ou um pouco mais que um nome: Eduardo e Mônica (Legião Urbana), Mariana foi pro mar (Ira!), La Valse d'Amelie (Yann Tiersen)

Músicas com nome grande, como Lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off, uma das minhas músicas preferidas do Panic At The Disco.

Ou apenas uma palavra como título, mas aí são inúmeras. Ódio, Lama e Imperecível são músicas da mesma banda (Luxúria), e eu gosto das três.

Músicas "fofas" que têm palavrão também são interessantes. Como Fuck You, da Lily Allen, que é bem alegrinha. Quem não sabe o que é e vê o clipe vai achar que ela tá cantando uma coisa bem bonitinha, quando, na verdade, ela tá mandado o cara se #@%&*!
Oops, desculpe se decepcionei alguém... creio que não.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Pode agradecer

Jay Vaquer
Composição: Jay Vaquer


Sufoquei, não deixei você sair sem mim
Vigiei só para garantir,
Infernizei, controlei cada segundo
Liguei só pra verificar

Te cerquei, coloquei escuta, grampeei o telefone
Afastei amigos
Ameacei violência apaguei o seu passado
Odiei não estar lá

(Refrão):
Mas amei você...amei você
Mas amei você...yeah, yeah
Mas amei você...amei você
Mas amei você...pode agradecer

Quebrei presentes sabe-se lá de quem
Rasguei fotos sei muito bem de quem
Queimei cartas que não escrevi, não
Não deixei, proibi, não permiti
Roupas, gestos, sorrisos que não consenti
Evitei que seu brilho ofuscasse o meu
(Refrão)

Chantageei e até chorei
Pena e medo sempre boas coleiras
Enrolei, explorei e até chifrei
Pequenas besteiras...

Te marquei feito um gado, fui seu dono
E tranquei, castiguei, vampirizei
Fiquei puto por não conseguir controlar o seu pensamento

(Refrão)

Eu amo essa música.
Simplesmente amo o jeito como o cantor retrata este... ser. E ainda em 1ª pessoa - dá medo. E o som dessa música é muito bom.
Tem clipe, mas eu prefiro não colocar porque... é meio tenso. Eu só tinha 10 anos quando via o clipe na MTV. Eu gostava da música mas não gostava do clipe...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

I'm not in love
I just wanna be touched

I just want your kiss boy...

Whoops, I think I've got too close
Cause now he's telling me I'm girl that he likes most

terça-feira, 8 de junho de 2010

Crônicas de Vida e Morte

Chronicles Of Life And Death
Good Charlotte

Você vem pra cá com frio
Você está coberto de sangue
Eles estão todos tão felizes que você chegou
O médico corta o seu cordão
Te entrega pra sua mãe
Ela te liberta pra essa vida
E pra onde você vai?
Sem destino, sem mapa pra te guiar
Você não saberia
Que não importa todos nós terminamos do mesmo jeito

Refrão:
Essas são as crônicas da vida e morte
E tudo que está entre isso
Essas são as histórias das nossas vidas tão ficcionais quanto elas podem parecer
Você vem pra esse mundo
E vai embora dele do mesmo jeito
Hoje poderia ser o melhor dia da sua vida

E dinheiro fala, nesse mundo isso é o que os idiotas dirão
mas você descobrirá, que esse mundo é só um desfile de idiotas
Antes que você vá
Você tem algumas perguntas que você quer respondidas
Mas agora você está velho, com frio, coberto de sangue
E bem de volta de onde começou

Refrão:
Essas são as crônicas da vida e morte
E tudo que está entre isso
Essas são as histórias das nossas vidas tão ficcionais quanto elas podem parecer
Você vem pra esse mundo
E vai embora dele do mesmo jeito
Hoje poderia ser o pior dia da sua vida

Mas essas são as crônicas da vida e morte
E tudo que está entre isso
Essas são as histórias das nossas vidas tão ficcionais quanto elas podem parecer
Você vem para esse mundo
E vai embora dele do mesmo jeito
Hoje poderia ser o melhor dia da
Hoje poderia ser o pior dia da
Hoje poderia ser o último dia da sua vida
É a sua vida
Sua vida

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ela Será Amada

She Will Be Loved, do Maroon 5 - uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos senão a.
Composição: Adam Levine e James Valentine



Linda rainha de apenas dezoito anos ela
tinha alguns problemas com ela mesma

Ele sempre estava lá para ajudá-la
ela sempre pertenceu a outra pessoa

Eu dirigi por milhas e milhas
E acabei em frente a sua porta
Eu tive você por tantas vezes,
mas de algum jeito, eu quero mais

(Refrão)
Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na esquina da sua casa, com a chuva caindo
Procuro a garota do sorriso partido
Pergunto a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada...

Dê um toque na minha janela, bata na minha porta
Eu quero fazer você se sentir bonita
Eu sei que às vezes sou meio inseguro
Não importa mais

Nem sempre são arco-íris e borboletas
É o compromisso que nos move juntamente
Meu coração está cheio e minha porta sempre aberta
Você pode vir qualquer hora que você quiser
(Refrão)
Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na esquina da sua casa, na chuva caindo
Procuro a garota do sorriso partido
Pergunto a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada

Eu sei onde você se esconde
Sozinha no seu carro
Sei todas as coisas que fazem você ser quem é
Eu sei que adeus não significa nada
Volte e me peça pra que a segure toda vez que ela cair
Dê um toque na minha janela, bata na minha porta
Eu quero fazer você se sentir linda

(Refrão)
Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na esquina da sua casa, na chuva caindo
Procuro a garota do sorriso partido
Pergunto a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada

Por favor, não se esforce tanto pra dizer adeus

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Birds


"Right birds can fly so high and they can shit on your head,
Yeah they can almost fly into your eye and make you feel well scared.
But when you look at them, and you see that they're beautiful,
That's how I feel about you.
Yeah thats how I feel about you."

Birds - Kate Nash

Veja a letra e a tradução em: http://letras.terra.com.br/kate-nash/1021191/

terça-feira, 11 de maio de 2010

Perfeição

Perfeição
Legião Urbana
Composição: Renato Russo

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos, covardes, estupradores, e ladrões...
Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação...
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião...
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade...
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta
De hospitais...
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E seqüestros...
Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã...
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração...
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
Comemorar a nossa solidão...
Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada...
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta
De bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção...

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha, que o que vem é Perfeição!...

domingo, 2 de maio de 2010

I wish

Tenho ouvido Kate Nash e Katy Perry essa semana.
Essa música é da Kate Nash (e não se chama I wish, como eu coloquei no título da postagem, mas Nicest Thing).
A letra é linda e a melodia é encantadora. Uma parte:

Basically, I wish that you loved me
I wish that you needed me
I wish that you knew when I said two sugars, actually I meant three
I wish that without me your heart would break
I wish that without me you'd be spending the rest of your nights awake
I wish that without me you couldn't eat
I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep

Basicamente, eu queria que você me amasse
Eu queria que você precisasse de mim
Eu queria que você entendesse que quando eu pedisse dois torrões de açúcar, na verdade eu queria três
Eu queria que sem mim o seu coração se partisse
Eu queria que sem mim você passasse o resto de suas noites acordado
Eu queria que sem mim você não pudesse comer
Eu queria ser a última coisa em que você pensasse antes de dormir

Veja a letra e a tradução completa em: http://letras.terra.com.br/kate-nash/988784/traducao.html

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Frases Aleatórias

Músicas que andei ouvindo essa semana:

"I don't wanna be the girl who laughs the laudest.
The girl who never wants to be alone."(Pink, Sober)

"I´m not the kind of girl who gives up just like that. Oh, no!"

I wake up in the morning
Put on my face
The one that's gonna get me
Through another day
Doesn't really matter
How I feel inside

'Cause life is like a game sometimes (Avril Lavigne, Naked)
 
Say whatever you have to say,
I'll stand by you.
...
Be whoever you have to be, I won't judge you. (The Kooks, Sway)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Madame Bovary à treize années


música do vídeo: Setting of the Sun, do Ben Jelen


Eu tinha 13 anos, 7 meses e 7 dias quando comecei a ler esse livro, que terminei 18 dias depois - muito tempo para mim. Quanto ao seu conteúdo eu era totalmente inocente. Eu realmente não sabia do que se tratava.
Foi assim que o conheci:
Estava eu, numa tarde qualquer daquele ano, andando tranquilamente a caminho da biblioteca. Chegando lá decidi explorá-la um pouco observando a estante de Literatura Francesa – porque eu acho uma língua charmosíssima, amo Cyrano de Bergerac, etc. Lá eu o vejo. E, interessada no título – simplesmente um nome -, eu o pego.
Um livro de um modelo clássico: páginas amareladas; capa dura azul escura; somente o título e o nome do autor, Gustave Flaubert; atrás, nada. Nenhuma sinopse.
Lendo o título eu tive a impressão de já ter ouvido falar nela, e pensei “Quem foi essa mulher?”. E decidi lê-lo.
Tempos depois fui à biblioteca devolver Matilda. E na quinta-feira, 1° de novembro, eu peguei Madame Bovary. – Até hoje não me conformo em tê-lo pego depois de ler Matilda – tão fofo, tão inocente.
No começo eu não entendi nada, mas não queria desistir. Era como um desafio. Um livro mais sério. Um livro francês, da metade do século XIX, grosso, com um monte de palavras que eu não conhecia e nomes em francês! E, além disso, eu nem sabia do que se tratava! Estava completamente perdida.
Começou em primeira pessoa. Então pensei que seria ele todo assim, ou até mesmo um diário, escrito pela própria Madame Bovary. Mas começou a contar a história de Charles Bovary e seus pais, o que me fez pensar que a tal seria a mãe dele. Só que de tanto falar no Charles eu pensei que ele ia virar travesti e seria ele mesmo a protagonista. (Mas foi só uma hipótese, uma idéia súbita – e absurda – que me veio à cabeça.)
Ele conheceu uma moça linda e meiga chamada Emma e casou-se com ela. A protagonista finalmente apareceu! O começo do casamento foi ótimo. Mas depois… ela caiu nas garras do tédio e eles viviam na rotina. (Bom, minha vida também estava um tédio, e por isso estava lendo!)
Eu logo percebi que ela precisava de um novo amor. Com o Charles não tava mais dando! Coitada, tão solitária e infeliz. Só achava companhia nos livros que lia. E o pior é que o marido ainda achava que ela era feliz! Ele sorria observando-a e pensava que, mesmo sem ele fazer nada, ela era feliz!
Ele agora a beijava em horas certas – algo como tomar banho ou escovar os dentes: quando saía para trabalhar e na hora de dormir!

Depois de uma prova sobre Romeu e Julieta na última aula encontrei a Catia, minha professora de História, na entrada da quadra, e fiquei conversando com ela. E, na mais pura inocência, disse que estava lendo Madame Bovary. Ao que ela logo respondeu: “Ah, Bovary é sem-vergonha!” Detalhe: ela nem disse madame.
Meu queixo caiu. Fiquei sem palavras. Congelei. Ela percebeu que eu não sabia o que dizer e falou: “Ela saía com todo mundo, não é?” Eu respondi não. (Eu tinha que defender a personagem que estava lendo!) “É sim”, ela retrucou. E eu tive que concordar: “mais ou menos”. Ela ainda acrescentou: “Pra época dela, ela era uma biscate!”
!
Ela disse aquilo com tanta tranqüilidade. Eu pensei “Mas ela ainda não traiu ele. Até onde eu li.” Mas o papo-Madame-Bovary tinha acabado ali. E ela o encerrou em grande estilo.
Fui para casa sorrindo, ainda surpresa. “Ela disse que Madame Bovary é sem-vergonha!”, pensava eu. E na tarde daquele mesmo dia, lendo no sofá da sala, sozinha, cheguei a uma frase que dizia “…e ela entregou-se.” Fiquei inquieta. “Como assim ‘ela se entregou’? Em que sentido? Quer dizer que ela desabafou, disse como era infeliz no casamento, chorou… Ou se entregou… no sentido sexual da coisa?”
Como eu não tinha certeza de nada, resolvi parar de pensar e continuar lendo. Conclusão? Ela fez amor com ele. Ah, o nome dele era Rodolphe. Aconteceu num passeio a cavalo, certamente num lindo bosque. Ele a seduziu e ela se entregou.

No dia seguinte perguntei à Susana, minha ex-professora de Português, se ela já o tinha lido. Ela disse que era… - ela estava procurando uma palavra para defini-lo – imoral para a época. E era. Tanto que foi processado por ofensa à moral pública e religiosa e aos bons costumes. Que não deu em nada. Pelo contrário, deixou o autor mais famoso.
E o Rodolphe, o que ele estava pensando! “Com duas ou três palavras de galanteio ela será posse adorável.” Isso é coisa que se pense a respeito de uma mulher? Ainda mais casada, no século XIX? (Tudo bem que ele estava certo, mas mesmo assim) “Eu adoro mulheres pálidas”… Posso te garantir que ela não ficava mais pálida quando estava com ele.
Foi muito bom, mas acabou. Eles iam fugir e ele a abandonou. Ela estava realmente apaixonada. Ficou doente, foi horrível. E depois que se salvou virou até religiosa. E, por conta disso, hesitou em se envolver num terceiro relacionamento. Até porque agora ela era mais velha. – Até parece que ela não dava conta do recado!
Aconteceu algum tempo depois do Rodolphe. Ela reencontrou um amigo que, ela sabia, fora apaixonado por ela. Era Léon. E, depois que eles se entenderam, ela passou a ir à cidade onde ele morava uma vez por semana com a desculpa de fazer aulas de dança!
Ela curtiu, se apaixonou. Foi feliz. Novamente. Mas se cansou dele também. Agora fazia aquilo quase que ‘por obrigação’. E ele também estava cansado. Mas eles continuaram.
Ela e o marido estavam endividados, ela achou uma solução simples para se livrar.
Depois disso, o Charles encontrou as cartas que ela trocava com o amante e pensou, desolado: “Amaram-se platonicamente talvez” O que eu pensei? “Ah, claro. Amaram-se muito platonicamente.” E minha árdua leitura chegou ao fim. O que não quer dizer que isto termina aqui.

Quando fui devolver… mais uma vez fui surpreendida por alguém que já o tinha lido. Mário, o bibliotecário. Eu entrei e coloquei o livro sobre a mesa. Ele pegou, olhou para mim e perguntou: “Quem leu esse livro?” Não entendi o porquê da pergunta e respondi simplesmente ‘eu’. Ele me perguntou: “Você não achou meio pesado?” Respondi timidamente que não. (Eu não queria mentir. Mas não estava nem um pouco a fim de relatar minhas impressões sobre esse livro a uma pessoa que eu nem conhecia direito. – Nada pessoal.)
Mas ele continuou: “Um tanto indecente, picante, maçante?” Eu continuei totalmente sem-graça e respondi novamente que não. – Eu não consegui mudar de idéia como eu fiz com a Catia. – Ele me devolveu a carteirinha e finalmente me deixou em paz.
E na última quinta-feira de aula eu fiquei conversando com a Catia. Disse que tinha terminado o livro e dei minha conclusão: ela nunca seria feliz. – os românticos que me desculpem, mas não fui eu quem escreveu o livro. – E a Catia ainda teve a coragem de repetir aquilo! “Ela era uma biscatinha.” - disse ela, sorrindo. – e agora no diminutivo!
Contei também sobre o interrogatório na biblioteca. E ela me ajudou perfeitamente: “Mas não era nada… que você não conhecesse” – Exatamente! Não é nada de outro mundo. Faz parte da história da humanidade.
E depois de tudo isso eu me perguntei “Quem, da minha idade, já leu Madame Bovary?” ou “Quem leu Madame Bovary quando tinha 13 anos de idade?” Fiquei orgulhosa de mim.

Quelqu'un M'a Dit

Belíssima interpretação de Quelqu'un M'a Dit



(tradução)Alguém Me Disse

Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em instantes como murcham as rosas.
Disseram-me que o tempo que desliza é um bastardo
Que das nossas tristezas ele faz suas cobertas

(Refrão)
No entanto alguém me disse...
Que você ainda me ama,
Foi alguém que me disse que você ainda me ama.
Seria isto possível então?

Disseram-me que o destino debocha de nós
Que não nos dá nada e nos promete tudo
Faz parecer que a felicidade está ao alcance das mãos,
Então a gente estende a mão e se descobre louco

(Refrão)

Mas quem foi que me disse que você ainda me ama?
Eu não recordo mais, já era tarde da noite,
Eu ainda ouço a voz, mas eu não vejo mais seus traços
''ele ama você, isso é segredo, não lhe diga que eu disse a você''

Você ouve alguém me dizendo
Que você ainda me ama
Você disse isso realmente
Que você ainda me ama,
Seria isto possível então?

Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa,
Elas passam em instantes como murcham as rosas.
Disseram-me que o tempo que desliza é um bastardo
Que das nossas tristezas ele faz suas cobertas

No entanto, alguém me disse...