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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

So close and so far

My eyes meet your eyes
Our hands hold each other sometimes
And although I like the way you speak
Why are our mouths so far from each other?
Why can't our lips also meet?

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

No Light, No Light - Florence + The Machine


"You are the hole in my head
You are the space in my bed
You are the silence in between
What I thought and what I said"

"You're my head, you're my heart"

One of my favorites

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

You torture me with the pleasure of your presence. I can't stop thinking about you. I can't stop willing to be with you. The seconds, just the seconds I stay in your eyes are precious.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sobre as Nuvens


Lia olhava fixamente para o teto naquela madrugada de quarta-feira.  Havia acordado mais cedo que o normal, tivera um sonho estranho e muito bonito. No sonho ela estava cavalgando. Isso por si só não era estranho. Mas ela estava cavalgando no ar.  E o cavalo puxava um balão. No balão, um casal de bailarinos dançava.
Ela apreciava a cavalgada aérea, a paisagem, o vento, sentindo-se completamente livre e feliz. Por vezes olhava para trás para espiar os bailarinos dançando. E depois de certo tempo, à altura em que estavam, a dança era o que estava mais perto dela e era a única coisa que ela poderia observar com atenção. Então Lia decidiu virar-se de costas no cavalo e se deitar sobre ele, apoiando a cabeça em seu pescoço.
Era de se esperar que ela caísse com o balanço da cavalgada, estando deitada e sem nada para segurar firmemente, mas havia um equilíbrio surreal que a impedia de se preocupar com uma possível queda. E ela sempre confiara em cavalos, embora não ficasse tão solta a ponto de se deitar sobre eles enquanto eles correm.
Deitou-se sobre o cavalo como se deitasse sobre um divã, mas não se enganava, acariciava-o sorridente enquanto os observava. O casal dançava lindamente. Penduravam-se pelas bordas, giravam, moviam-se livremente, apesar do pouco espaço. E a dança estava cada vez mais bonita e mais intensa. Eles se olhavam fixamente e dançavam com paixão. Parecia que um só cérebro comandava aquela dança, tão sincronizado era o improviso. Mesmo quando fechavam os olhos.
Lia estava cada vez mais admirada e emocionada. Foram poucos os espetáculos que a fizeram devorar uma cena assim com tanta voracidade. Ela sentia que era uma parte dela que estava ali, e a queria de volta. Queria estar ali. Queria dançar com eles. Queria dançar como eles. Queria alcançar aquela flexibilidade que, somada à força, a permitiria fazer o que quisesse com o seu corpo. E poderia estar nas nuvens, estando onde estivesse.
Chegou um certo ponto em que os movimentos um do outro se completavam tão perfeitamente e seus corpos estavam de tal forma unidos que eles se transformaram, fundindo-se num só corpo. E este novo ser estava de pé, olhando fixamente para Lia, deixando-a sem ar.
Lia acordou, embora não quisesse. Não tinha sido um pesadelo. E ela queria conhecê-lo. Afinal, o que ele era? Ela queria saber se tinha doído transformar-se em um só.
Ela pensou na dança. “É assim que se deve dançar. Os bailarinos devem ter entrosamento. Para ser perfeito, eles devem dançar como se fossem um só.” Ela pensou, “Aliás, o amor também deveria ser assim.”
A essa hora o quarto estava sendo inundado por uma luz alaranjada. O sol estava nascendo. Lia decidiu que era um bom momento para sair e ver esse espetáculo. Sua cama não era a única que a chamava.
Lá fora ela tentou fazer com que a luz solar clareasse mais os seus pensamentos. Tentou se lembrar do rosto do bailarino, o resultado final. Era uma mistura, ela não sabia. Tentou se lembrar da cor dos olhos, que a fitaram com tanta intensidade. Não conseguiu.
Lembrou-se da cor dos cabelos. Eram pretos. Destacavam-se na claridade do céu, das nuvens, da pele. Eram também lisos e volumosos, indo até um pouco acima dos ombros. E, ironicamente, era a única coisa que via com clareza.
Olhando para o céu, ela se lembrou da sensação que era voar em cima de um cavalo. Curiosamente, ela não sonhou com um cavalo alado. “Cavalgar também é bom.”, pensou. E, como a terra era o que ela tinha no momento, resolveu visitar Roxy, a égua que tinha ganhado de sua avó em seu aniversário de 16 anos, e chama-la para uma cavalgada. Estavam juntas há quase dois anos agora.
Lia cumprimentou Roxy acariciando seu pescoço e dando-lhe um beijo no topo da cabeça, que a égua tinha abaixado para cumprimenta-la. “Vamos dar uma volta, minha pequena?”, Lia chamou, embora ela fosse pequena, e não a égua.
Enquanto preparava sua égua para a cavalgada, ela dizia “Tive um sonho lindo hoje, Roxy... Você nunca me deixou cair não é mesmo?”.
“É uma boa égua, mas você sempre cavalgou muito bem.” Lia se virou assustada pela voz. Ela achou que fosse a única com duas pernas ali naquele instante. E quando se virou, ela viu... Um par de olhos – obviamente acompanhados de um corpo, mas ela se fixou nos olhos – que olhavam bem dentro dos seus. E Lia pôde ver a cor deles, que oscilava entre azul e cinza. E ela se lembrou das nuvens, embora as do sonho estivem brancas, e lembrou-se do azul do céu, lá no alto...
Os cabelos não eram negros como os do bailarino (e também como os dela mesma). Aliás, ela sabia, nem era um bailarino que estava ali. Não era um bailarino, mas com certeza era alguém que poderia dançar com ela. Talvez não ali. Talvez não naquele momento. Mas seria fascinante. Como cavalgar sobre as nuvens.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mystery

What about telling you a little secret? I don't usually do this. I like the mystery. But you are mystery. And I don't see judgement in your eyes. I see acceptance, patience. I like it. - I like you.
May I say I'm happy? You make me think, you make me feel. And now you know it. A bit of it.
I'm taking this to another way. I was talking about something else. But the fact is that I feel good. But "good" is a word so simple... I don't know.
I don't wanna talk about you. I'm afraid I go too far. I don't know if it's love. I just know it feels good.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

"O olhar dança."

Zezinho, ontem na aula de Dança Contemporânea.

domingo, 13 de junho de 2010

Fecho meus meus olhos porque quero escuridão
Não importa se caem lágrimas dos meus olhos ou não.
Karol Rocha

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O pássaro azul

Hoje a aula de Inglês estava nada menos do que entediante. Eu amo Inglês, mas isso eu já vi às avessas, não estou aprendendo nada de novo. A professora deixou uma aula inteira para as pessoas estudarem para a prova na aula seguinte (depois do intervalo). Como eu não estava fazendo nada, no final da aula, quando deu a hora do intervalo, eu virei para a Juliana (blog Tô com tédio) e falei "Ju, vamos fazer uma história? Por favor, eu quero fazer alguma coisa"... E nós fizemos esta história - o que está em verde eu que escrevi. O que está em azul a Juliana escreveu.

A menina olhava pela janela. Estava observando um pássaro azul quando escutou uma voz desesperada que a chamava urgentemente vindo do corredor.
Ela olhou surpresa, saiu correndo e o que viu foi realmente assustador: sua irmã estava caída no chão com uma aranha enorme que subiu em sua perna e picou-lhe na coxa.
Ela imediatamente desmaiou, e a aranha fugiu pela janela do quarto dela. Quando acordou percebeu que o passarinho azul que vira anteriormente estava cantando tristemente pousado em seu ombro. Ela então chorou o luto por sua irmã, tendo como companhia apenas aquele passarinho de olhos tristes e profundamente humanos.
Mas de repente, olhando atentamente, ela percebeu que apesar de o canto do passarinho ser triste, seus olhos olhos não eram tão humanos assim... eram estranhos, maliciosos, chegavam a assustar... Então ela compreendeu que aquele era um ser perturbado, que já tinha visto coisas muito mais horríveis do que uma simples morte infantil.
Mas ela também estava perturbada e, num surto de cólera, resolveu afogar o pássaro num copo de água. Só que ele não se abalava com pouco. Era um sobrevivente. E resistiu até a menina cansar.
Ela, exausta, soltou o passarinho. E quando o fez, era um lindo peixe azul que estava no copo d'água.

Por Karol Rocha e Juliana Teixeira

terça-feira, 1 de junho de 2010

Tempo


Ela é jovem, mas não se engane. Seus olhos sãos profundos e cansados. Seu rosto está marcado pela dor e preocupação. Sua alma está machucada. E só o tempo parece poder curar sua dor - tempo esse que demora a passar, a chegar. Tempo e distância, é o que ela precisa. Tempo e distância para poder, enfim, mergulhar livre e completamente dentro de si mesma. Ela não dispõe disso agora e sente-se tão cansada e fraca. Ela procura com todas as forças que tem conservar seu desejo, sua ânsia de viver. Ela quer deixar de existir e finalmente começar a viver.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Espelho

Olhos negros me encontram.
Gentis, me chamam.
Seus movimentos são suaves,
me atraem, me cativam.
Fazem de mim um espelho,
recebendo e propondo.
Juntos, criamos.
Sem me tocar, me toca.
Me embala numa doce canção de ninar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Brinquedo

Ela tem um brinquedo na mão
Mexe nele sem se interessar -
Pensa em coisa mais importante
Tem o olhar desfocado
Seus olhos doem.