sexta-feira, 30 de abril de 2010

Hoje meu irmão faz 1 anoooo!

Feliz Aniversário Victor Hugo!!!

Essa é uma das minhas preferidas - das antigas.


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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Intolerância II

Primeiro, a parte ruim: pessoas inconvenientes, para dizer o mínimo, que não respeitam o atores que trabalharam duro para fazer o espetáculo, e as pessoas que realmente queriam assistir. (que eu já escrevi).
Agora, a parte boa:
Eu não estava com dor de cabeça enquanto assistia à peça. Ela só voltou quando eu fui embora.
Tocou a música Du Hast, de uma banda alemã chamada Ramsteinn. E eu fiquei supercuriosa para saber de quem foi a ideia, porque não é uma banda muito conhecida por aqui. Então, no final da peça eu pensei "Tem que ter bate-papo. Se não tiver eu vou ter que pedir."
E, para minha sorte, depois que os atores agradeceram, um deles explicou que haveria uma conversa elenco-plateia dali há 5 minutos, para nós bebermos água, e eles poderem tirar a maquiagem, etc.
Um ator chegou primeiro e começou a falar sobre a história da peça, o porquê da escolha do tema, o processo de composição, etc. E aí ele perguntou pra gente o que a gente entendeu da peça. Uma mulher falou: "Fala sobre a violência no trânsito". Tá, isso é bem óbvio. Então eu completei dizendo "não só a violência no trânsito, mas na escola, no trabalho..."
Eu estava com vontade de falar, às vezes eu fico com vergonha. Outras, a peça é muito boa e eu quero falar, mas não sei o quê. Já aconteceu de eu gostar mais do bate-papo do que da própria peça -  só não me pergunte agora qual foi. É muito boa essa interação público-elenco, esclarece vários pontos.
Enfim, eu participei do bate-papo. E à medida que as pessoas iam falando eu lembrava de outras coisas e queria comentar.
Então eu lembrei da crônica Questão de Classe, da Lucia Sauerbronn (hm, nome alemão também). Em que ela diz que xingou um cara que a fechou no trânsito - o xingamento fazia parte de uma espécie de tratamento - e que ao invés de alívio sentiu vergonha. Foi então consultar o dicionário para garantir seu "direito de chutar o balde". E na vez seguinte respondeu com um "Filho espúrio de mulher devassa! Seu dejeto fecal! Vá para o regaço daquela senhora de passado duvidoso que o expeliu do útero!". E que o melhor era ver a cara de espanto do mal educado pensando o que, afinal de contas, ela quis dizer com tudo aquilo. - Eu contei isso para os atores e o público presente na conversa.
O melhor foi o final:
Quando a conversa acabou, eu saí pela porta lateral, para beber água, e uma das atrizes estava saindo também. Ela olhou para mim sorrindo, e eu retribuí. Ela não me disse nada, mas quem faz Teatro sabe o que é falar com o olhar. E o que ela disse foi "Obrigada por vir. Você é o tipo de público que eu esperava." (participativa, que dá sua opinião)
Quando eu voltei um dos atores pegou minha mão e disse "Adorei o texto do regaço - decorou bem, hã." "É, eu li muito". Os outros dois atores ainda estavam no palco e eu os cumprimentei e os parabenizei.
Gostaria de saber o nome deles. Afinal, eles me deram trabalho ;-)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Intolerância

Ontem fui assistir uma peça chamada Intolerância, da Companhia do Escândalo.
A peça conta o drama de um motorista que atropela acidentalmente um motoqueiro, e acaba atirando e matando-o. Quatro atores, dois homens e duas mulheres, interpretam, juntos, o motorista. E vão então se revezando para interpretar outros personagens e lembranças, como o motoqueiro, que aparece a toda hora.

Eu estava morrendo de dor de cabeça quando cheguei ao Centro Cultural, que estava cheio - o que é bom e ruim. Ruim principalmente porque tem sempre aquela pessoa inconveniente que não conhece e não respeita o teatro e está lá sabe-se lá por quê. Mais do que um, no caso.
Não demorou para algumas pessoas começarem a rir e FALAR durante o espetáculo. E gente falando 'sshhhh', que não adiantava muito.
No meio do espetáculo eu já estava com vontade de mandar calarem a boca, mas como eu sou uma pessoa tolerante... Alguém mais corajosa do que eu falou "Faz silêncio aí!" enquanto eu só colocava a mão na cabeça e xingava baixinho quando algum idiota fazia uma "piada" fora de hora.
Uma cena de beijo e um... vamos dizer, retardado, fica se oferendo para tomar lugar no beijo. Os atores se abraçando e o mesmo, ou não, retardado, fica gritando lá do fundo "Tá faltando eu aí!"
Sem contar o cara do meu lado que ria demais para o meu gosto e ficava olhando pra mim, esperando que eu tivesse a mesma reação que ele.
Sério, foi tenso.

E se alguém quiser saber se a peça foi boa, não pergunte. Se não fosse boa eu não escreveria sobre ela.
E se eu quisesse falar apenas dos inconvenientes do público eu nem diria o nome da peça. Acontece nas melhores peças.
Tem que ser mais do que boa para tirar o meu sono. Eu deveria estar dormindo ao invés de escrevendo.

P.s.: Eu estava morrendo de dor de cabeça e já tinha me deitado. Então comecei a pensar na peça. E os pensamentos estavam organizados em uma espécie de roteiro. E eu pensei "Ah, droga! Vou ter que escrever." - na verdade eu gosto quando isso acontece, o ruim é que eu tenho que dormir e não consigo. Eu não podia me recusar, pois sabia que me arrependeria. Fui dormir quase 2 da manhã. Fazia movimentos circulares com a ponta dos dedos, pressionando as laterais do meu crânio.
Os melhores textos e pensamentos só vêm quando eu realmente tenho que dormir. Será que eu não poderia pensar em um horário mais apropriado?
Na peça, certamente não. O pensamento está bem mais fresco quando eu acabo de assistir.
E, como eu disse, tem que ser mais do que boa para tirar o meu sono e me fazer escrever assim.
Embora eu às vezes pense demais.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Frases Aleatórias

Músicas que andei ouvindo essa semana:

"I don't wanna be the girl who laughs the laudest.
The girl who never wants to be alone."(Pink, Sober)

"I´m not the kind of girl who gives up just like that. Oh, no!"

I wake up in the morning
Put on my face
The one that's gonna get me
Through another day
Doesn't really matter
How I feel inside

'Cause life is like a game sometimes (Avril Lavigne, Naked)
 
Say whatever you have to say,
I'll stand by you.
...
Be whoever you have to be, I won't judge you. (The Kooks, Sway)

Ironia

-Eu não estou entendendo se você está sendo irônica ou não - eu disse, pois ela havia dito quase com sinceridade.
Mas respondeu:
-É claro que estou. Eu estou tentando me enganar.

Palco

Eu quero ver o brilho nos olhos das pessoas. E quero que elas sintam sua alma dar um... oh - pulo, dentro de seu próprio corpo. Quero que elas vejam a verdade: o horror e a beleza de sua própia vida. A realidade e a fantasia...

Eu sinto falta da coxia.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

La Vie En Rose???

Espetáculo da Companhia de Danças de Diadema
no qual estão presentes meus professores Zezinho e Juliana, e minha ex-professora Thaís.
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veja o vídeo no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=zDjYxYXBqGc&feature=player_embedded
site da Companhia: http://www.ciadedancas.apbd.org.br/

"Are we human, or are we dancers?"

sábado, 17 de abril de 2010

O Lutador Judeu, o Ladrão de Céus

Mais um personagem especial de A Menina Que Roubava Livros


*UMA IDÉIA BONITA*
Uma roubava livros.
O outro roubava o céu.

"Quando um judeu aparece no seu local dse residência nas primeiras horas da madrugada, bem napátri da nazismo, é provável que você experimente níveis extremos de incômodo. Angústia, incredulidade, paranóia. Cada uma desempenha seu papel, e cada uma leva à suspeita furtiva de que uma consequência não propriamente paradisíaca lhe está reservada no futuro. O medo reluz. Implacável, nos olhos."

"A vida se alterara da maneira mais louca possível, porém era imperativo que eles agissem como se não tivesse acontecido absolutamente nada.
Imagine sorrir depois de levar um tapa na cara. Agora, imagine fazê-lo vinte e quatro horas por dia.
Essa era a tarefa de esconder um judeu."

*UMA TURNÊ GUIADA PELO SOFRIMENTO*

À sua esquerda, talvez à sua direita, ou até direto em frente, você encontrará um quartinho escuro.
Nele está sentado um judeu.
Ele é a escória.
Está morrendo de fome.
Sente medo.
Por favor, procure não desviar os olhos.




*A TROCA DE PESADELOS*

A menina: Diga, o que você vê quando sonha assim?
O judeu: ...Eu me vejo virando as costas e dando adeus.
A menina: Também tenho pesadelos.
O judeu: O que você vê?
A menina: Um trem, e meu irmão morto.
O judeu: Seu irmão?
A menina: Ele morreu quando eu me mudei para cá, no caminho.


*AS SAUDAÇÕES NATALINAS DE MAX VANDENBURG*

-Muitas vezes, Liesel, eu gostaria que isso tudo acabasse, mas aí, de algum modo, você faz uma coisa como descer ao porão carregando um boneco de neve.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Mulher do Prefeito

Uma personagem especial de A Menina Que Roubava Livros - Markus Zusak

"A cada minuto, a cada hora, havia uma preocupação, ou, para ser mais exata, uma paranóia. A atividade criminosa faz isso com as pessoas, especialmente com uma criança. Elas imaginam um sortimento prolífico de maneiras de serem flagradas. Eis alguns exemplos: gente pulando de becos. Professores que, de repente, descobrem todos os pecados que você já cometeu. A polícia parada na porta, toda vez que uma página é virada ou que se ouve um portão bater ao longe."

"Talvez a mulher do prefeito não a tivesse visto roubar o livro, afinal. Estava escurecendo. Talvez tivesse sido uma daquelas ocasiões em que a pessoa parece olhando diretamente para a gente, quando, na verdade, está feliz da vida prestando atenção em outra coisa, ou só devaneando. Qualquer que fosse a resposta, Liesel não tentou nenhuma análise adicional. Tinha-se safado, e isso era o bastante."


*UMA COISINHA PARA BAIXAR A EUFORIA*

Ela não se safara de coisa alguma.
A mulher do prefeito a vira, sim.
Só estava esperando o momento certo.

"A mulher do prefeito era apenas uma numa brigada mundial. Você já a viu antes, tenho certeza. Em suas histórias, seus poemas, nos filmes a que gosta de assistir. Elas estão por toda parte, então, por que não aqui? Por que não numa bela colina de uma cidadezinha Alemã? É um lugar tão bom quanto qualquer outro para sofrer.
A questão é que Ilsa Hermann tinha resolvido fazer do sofrimento sua vitória. Quando a dor se recusou a largá-la, a mulher sucumbiu a ela. Abraçou-a."

"Vez ou outra, Liesel se perguntava se deveria simplesmente deixar a mulher em paz, mas Ilsa Hermann era muito interessante e a atração dos livros era forte demais..."

terça-feira, 13 de abril de 2010

As memórias do livro

Mais uma história incrível que eu tenho em mãos.(ops, mais de uma história)
Histórias interligadas, girando ao redor de um único livro. Personagens arriscando suas vidas para salvar um raro e lendário manuscrito judeu da fogueira, ou de coisa pior... como as mãos de um nazista.
Sobrevivendo a séculos de anti-semitismo na Europa e à censura da própria cultura judaica.



Para desvendar os mistérios da Hagadá de Sarajevo, Hanna Heath, uma australiana conservadora de manuscritos antigos é convidada para analisar o manuscrito.
Enquanto examina as páginas do pequeno volume, Hanna encontra minúsculas pistas da história do livro e os lugares por onde ele passou. Pistas como um pequeno fragmento de asa de inseto, manchas de vinho, ou até mesmo alguns poucos cristais de sal.
Cada uma dessas pequenas pistas nos dá uma história. Uma mais incrível que a outra. Cada uma delas, maravilhosa por si só, já daria um livro. Mas temos todas elas em um só - uma dádiva.

Passagens do livro:

 "Como estudioso, ele tinha uma reverência inata por livros. Precisou, contudo, subjugá-la, quando sua missão passou a ser a de destruí-los."

"-Dom Vistorini, eu lhe imploro. Por qualquer ato de bondade que eu lhe tenha demonstrado no passado, pelos muitos anos que nos conhecemos. Por favor, poupe este livro. Eu sei que você é um homem culto, um homem que respeita a beleza. Você vê como o livro é belo...
-Maior motivo ainda para queimá-lo. Essa beleza poderá, um dia, seduzir algum cristão incauto a ver com bons olhos a sua repreensível fé judaica."*


"Ela não tinha arma, exceto a granada que os partidários eram obrigados a carregar no cinto.
-Se você estiver prestes a ser capturada, use-a para se matar e matar o maior número de inimigos que puder - Branko tinha dito. - Sob hipótese alguma, se deixe ser levada viva. Use a granada, e assim não será forçada por meio de tortura a nos trair."

"Vocês se convencem de que podem tapear a morte, e se sentem absolutamente ofendidos quando descobrem que não podem. Vocês ficam sentados em seus apartamentos confortáveis e assistem à guerra, e nos vêem sangrando, pela televisão. E pensam: "Que horror!", e depois se levantam e tomam outra xícara de café expresso."

"A princípio, quando cheguei aqui, sentia vergonha de minha escravidão nas mãos de um judeu. Mas agora minha única vergonha é a escravidão. E foi o próprio judeu que me ensinou a sentir tal coisa."

"Eu queria dizer "não dessa forma". Queria dizer: "dê-me mais alguns dias, mais algumas noites com você". Mas ela já tinha me dado as costas, e eu conhecia a força de sua vontade. Ela não voltaria atrás."

"Casei-me com ele. Não me pergunte por quê. Eu era uma garota tola. Mas, quando você não tem mais ninguém, ninguém que se lembra de você, qualquer pessoa com quem você partilhou uma experiência se torna alguém especial."

"Com minha mãe, a qualidade do vinho é um indício da gravidade da conversa.
Aquela, eu sabia, seria megagrave.
Ela já tinha me dito, na cama do hospital em Boston, que queria que eu mantivesse em segredo minha paternidade. Achei que estava louca. Quem se importaria com a pessoa com quem ela tinha ido para a cama tantos anos atrás? Mas ela me pediu para eu considerar sua posição, e eu considerei."


*eu fiquei com tanto ódio desse padre que fiquei inspirada para escrever um texto, Fé vs. Religião (post. 23/fevereiro).
Maldito padre bebedor de vinho!


segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Jogo do Anjo

Livro do espanhol Carlos Ruiz Zafón, O Jogo do Anjo é uma intrigante história passada na Barcelona da década de 20. Com cenários familiares da literatura de Záfon, como a livraria Sempere e Filhos e o misterioso Cemitério dos Livros Esquecidos, este é um livro no qual está presente o amor pelos livros, a paixão e a amizade, adicionados a outros ingredientes para dar sabor à história, como: fé, filosofia, religião, mistério, perseguição, assassinato, suicídio, perda, abandono, companheirismo, traição, entrega, coragem, covardia, afeto, alegria, loucura... entre outros. É um livro completo em todos os sentidos.



Os melhores trechos:

"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço."

"Não sabia se havíamos criado Deus à nossa imagem e semelhança ou se Ele nos tinha criado sem saber muito bem o que fazia."

"O Sr. Sempere acreditava que Deus vivia um pouco, ou muito, nos livros. E por isso dedicou sua vida a partilhá-los, a protegê-los, e a garantir que suas páginas, assim como nossas lembranças e nossos desejos, não se perdessem jamais. Pois acreditava, e me fez acreditar também, que enquanto houver uma só pessoa no mundo capaz de lê-los e vivê-los, haverá um pedacinho de deus ou de vida."

" A fé é uma resposta instintiva a certos aspectos da existência que não podemos explicar de outra forma, seja isso o vazio moral que percebemos no universo, a certeza da morte, o mistério da origem das coisas ou o sentido de nossa própria vida, ou ainda a completa ausência dele."

"- Sabe o que é bom nos corações partidos?(...) É que só podem se partir de verdade uma vez. O resto são apenas arranhões."

"É impossível sobreviver num estado prolongado de realidade."

"À medida que passava as páginas, tive a impressão de que tinha percorrido passo a passo o mapa de uma mente doente e alquebrada. Linha a linha, o autor daquelas páginas ia documentando sem saber seu próprio mergulho num abismo de loucura. O último terço do livro parecia ser uma tentativa de desfazer o caminho, um pedido desesperado de ajuda, vindo de dentro da prisão da insanidade, para tentar escapar do labirinto de túneis abertos por sua própria mente. O texto morria no meio de uma frase de súplica, numa interrupção brusca, sem explicação alguma."

"A única maneira de conhecer realmente um escritor é através do rastro de tinta que ele vai deixando: a pessoa que a gente pensa que vê nada mais é que um personagem oco, e a verdade se esconde sempre na ficção."

"Dizia que se fôssemos capazes de ver a realidade do mundo e de nós mesmos, sem rodeios, por um só dia, do amanhecer ao entardecer, daríamos cabo da própria vida ou perderíamos a razão."

"Meu primeiro impulso foi queimar tudo, mas não tive coragem. Sempre senti, a vida inteira, que as páginas que ia deixando à minha passagem eram parte de mim. As pessoas normais trazem filhos ao mundo, os romancistas trazemos livros."

A Menina Que Roubava Livros




Razões pelas quais eu simplesmente amo esse livro:

  1. Eu amo livros. Não foi preciso mais do que o título e uma frase para me convencer a comprá-lo.
  2. É uma história fictícia ambientada na Alemanha da Segunda Guerra Mundial. Gosto de histórias de guerra. Que mostram a realidade do mundo, o sofrimento de pessoas inocentes e como o ser humano é estúpido - entre outras coisas.
  3. A única coisa escrita na contra-capa era: Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.
É isso mesmo, a Morte em pessoa conta a história de Liesel Meminger, uma garotinha sobrevivendo em meio à guerra.
Nossa narradora, a Morte, encontra-se com Liesel, em vida, três vezes. E, de tão impressionada, decide contar sua história, que, segundo ela "é uma dentre a pequena legião que carrego, cada qual extraordiñária por si só. Cada qual uma tentativa - uma tentativa que é um salto gigantesco - de me provar que você e a sua existência humana valem a pena."

Liesel rouba seu primeiro livro da neve, O Manual do Coveiro, num momento de distração do coveiro na tarde em que seu irmão é enterrado.


*O SIGNIFICADO DO LIVRO*


1.A última vez que ela vira o irmão


2.A última vez que vira a mãe



O segundo ela rouba do fogo...
Só então ela passa a roubar de um lugar mais apropriado para livros.

"Se havia uma coisa a dizer sobre Liesel Meminger, era que seus roubos não eram gratuitos. Ela só furtava livros com base no que sentia ser uma necessidade de tê-los."

Aos 9 anos de idade, quando chega à rua Himmel, na casa de Hans e Rosa Hubermann, seus pais adotivos, Liesel mal sabia ler e escrever. É seu pai, Hans, quem a ensina.
Mas os livros sempre exerceram um grande fascínio sobre a menina. Ela precisava de palavras... tinha fome delas.

"Ela era uma menina.
Na Alemanha nazista.
Como era apropriado que descobrisse o poder das palavras!"

"...Era o livro que ela queria. O Assobiador. Não suportaria que ele lhe fosse dado por uma velha solitária e patética. Roubá-lo, por outro lado, parecia um pouco mais aceitável. Roubá-lo, em certo sentido doentio, era como merecê-lo."


Palavras de sua narradora:

"Esqueça a foice, diabos, eu precisava era de uma vassoura ou um rodo. E eu precisava de umas férias.

*UMA VERDADEZINHA*
Eu não carrego gadanha nem foice.
Nem tenho essas feições de caveira que vocês parecem gostar de me atribuir à distância.
Quer saber o meu verdadeiro rosto?
Eu ajudo:
Procure um espelho enquanto eu continuo."



*UMA OBSERVAÇÃO PEQUENA*

PORÉM DIGNA DE NOTA
Ao longo dos anos,
vi inúmeros rapazes que pensam
estar correndo para outros rapazes.
Não estão.
Eles correm para mim.


"Os seres humanos me assombram."


Outros posts sobre A Menina Que Roubava Livros: 
O lutador judeu, oladrão de céus
A Mulher do Prefeito
Livros que falam de livros

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Livros que falam de livros

Adoro livros que falam de livros. Acho que todo mundo deveria ler ao menos um.
Os meus preferidos (de todos, não apenas que falam de livros) são A Menina Que Roubava Livros, de Markus Zusak, e O Jogo do Anjo, de Carlos Ruiz Zafón.


Esses dois livros me mostraram que eu sei contar histórias. Juntei dois livros que não tem aparentemente nada a ver, a não ser o amor pelos livros.