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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Escrever é libertador, mas pode ser perigoso também. Não só quando o leitor confunde eu-lírico com autor.

Sempre fui uma pessoa discreta, e também já fui mais tímida. Muitas vezes me senti invisível. Agora, no entanto, sinto-me transparente. Será possível que seja tão óbvio?

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sou meu desconhecido


É verdade que quase não conhecemos as pessoas. Aliás, nos conhecemos muito pouco. Como já disse Clarice Lispector, “Sou meu desconhecido” – e se ela disse, quem sou eu para discordar. Nós nos descobrimos e redescobrimos ao longo da vida. Mas até que ponto uma pessoa se reconhece?
Qualquer um pode se identificar com um texto, um personagem, um autor. Pensar “oh, meu Deus, achei que eu fosse o único que pensasse assim”.  Ou que aquilo que está lendo se encaixa perfeitamente com algum momento de sua vida.
Mas, e quando alguém que você conhece escreve algo sobre você (sem dizer seu nome), você seria capaz de reconhecer? Se for algo que você vivenciou com a pessoa, algo que você disse ou fez, provavelmente sim, correto? Mas e quando não é tão óbvio? Você seria capaz de identificar se aquilo é ou não para você, ou nem sequer pensaria nisso?
Digo isso não só porque escrevo (felizmente, minhas inspirações não são todas de carne e osso), mas também porque, surpreendentemente, já escreveram sobre mim. Eu nunca pensei que alguém pudesse me descrever como “delicada como a rosa, misteriosa como o vento”. Pois é, eu não me reconheci. Mas adorei, foi meu momento musa (não me leve a mal). Se eu tivesse apenas lido em algum lugar, jamais pensaria “eu sou assim”, “isso é pra mim”. Eu provavelmente pensaria “como eu gostaria de ser assim”, porque eu não me vejo dessa forma (bem, não exatamente), e não pensei que alguém pudesse me ver assim.
Curiosamente, isso se encaixa perfeitamente com a imagem que eu tinha de uma amiga minha (nós já éramos amigas ou eu queria ser amiga dela? Enfim...) Uma garota mais quieta do que eu e muito inteligente. Eu a via assim, embora não tivesse formado essas palavras, e não sabia que eu era assim também.
Se me dissessem “escrevi algo sobre você” ou “para você” eu ficaria no mínimo, no mínimo curiosa.No livro Marina, de Carlos Ruiz Zafón, Marina confessa a Óscar que está escrevendo sobre ele. Óscar fica completamente assustado.
- Sobre mim? O que quer dizer com escrever sobre mim?
- Quer dizer a seu respeito, não em cima de você, como se fosse uma escrivaninha.
- Até aí eu também cheguei.
Marina se divertia com aquele nervosismo repentino.
- E então? – perguntou. – Faz uma ideia tão ruim de si mesmo que não pode aceitar que valha a pena escrever a seu respeito? (p.50)
Bem, talvez ele não fizesse uma ideia tão ruim de si mesmo. Provavelmente ele só não imaginava o que ela poderia ver de bom nele. Também não duvido que ele preferisse ser feito de escrivaninha – momentaneamente, pelo menos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"Simplesmente escreva, não tenha escrúpulos nas palavras, elas são tuas."

Suspeitei desde o princípio...

domingo, 16 de setembro de 2012

E mais uma vez eu me levanto da cama para colocar meus pensamentos no papel. Estava com saudades disso. É claro, eu só penso realmente bem quando deveria estar dormindo. Essa é a regra, que deveria ser proibida.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Eu tenho o texto todo (ou quase todo) pronto na cabeça. Começo a escrever e as palavras somem. É horrível, isso é frustrante!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Será que alguém sentiu minha falta no blog?

Eu senti falta de escrever aqui, porque eu amo tanto esse blog, tudo aqui eu fiz com tanto carinho, cada detalhe. E estou tão feliz por voltar a escrever no meu blog. Tá, os textos estão tristes - e tem mais, que eu ainda não postei. Mas os momentos tristes são os mais me inspiram, e incentivam a escrever. Preciso escrever para não sufocar.
E outra, eu confesso que estou carente de comentários (esse é um dos motivos pelos quais eu me afastei, e, bom, eu estou em uma relação séria com o Tumblr.) Quer dizer, eu vejo as Estatísticas, e vejo que ainda tem pessoas vendo meu blog, mas eu não sei o que elas pensam do eu escrevo. Eu quero a opinião de vocês, caros leitores (ainda que poucos, mas tudo bem, eu não sou uma gênia) E, na verdade, a maioria dos comentários foram de pessoas que eu conheço.
Olha, eu aceito críticas também, tá? (rs, tô apelando) Mas, enfim, sintam-se à vontade.
Você pode fazer da minha vida um inferno, mas me rendeu alguns textos e umas boas frases.

domingo, 13 de março de 2011

Os escritores são cruéis. Eles nos fazem amar... e matam.
E eu sou o que, se eu gostaria de ter esse talento?

"Um nome para o que sou? Importa muito pouco, importa o que eu gostaria de ser." - Clarice Lispector

quarta-feira, 9 de março de 2011

Verdades não ditas

Por que eu não tenho a coragem de entregar uma folha de papel? É só um pedaço de papel. Mas com as palavras mais duras. Insuportáveis, eu diria. Isso destruiria nossas vidas? Ou elas já estão destruidas e nós que não vemos? E continuamos nos machucando.
Uma simples folha de papel deixaria tudo quebrado entre nós. Quebraria a mentira. Quebraria a parede que oculta a verdade. E o teto cairia sobre as nossas cabeças. Mas não seriam só as nossas cabeças.
Eu deveria ser honesta? Ou isso seria muita bondade? Não, a honestidade pode ser a maneira mais cruel de destruir uma pessoa. Mas os cacos choveriam sobre mim também. E eu posso ser egoísta.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Escriborragia

Estou doente. Estou sofrendo de Escriborragia*.
São outras dores, outras doenças que deixam meu sistema imunológico frágil ao vírus da Escriborragia.
Há males que vêm para o bem. A "Escriboragia" é o resultado positivo de uma equação quase toda negativa.
Como? Não me pergunte. Isso não é sobre matemática.

*palavras que sangram e escorrem pela boca, pelos olhos, pelos poros… pela alma. - Tânia Liberato