sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Eu não preciso ser... e se você não acredita...

Eu não preciso ser uma psicopata para gostar da música Pode Agradecer, nem ser uma perua louca, retardada, sem cultura, sem nada na cabeça para gostar de  Cotidiano de um casal feliz - aliás, duvido que uma delas goste.
Eu não preciso estar apaixonada para escrever um poema de amor.
Não preciso estar preocupada se alguém acredita ou não em mim e querer que esse mesmo alguém coloque as mãos em mim para cantar Hands on me - que na verdade é uma música muito romântica e meiga.
Eu não preciso estar... queimando para ouvir "Sex on fire", que é uma música que eu gosto de ouvir a qualquer momento, com qualquer emoção. Eu posso estar triste, com raiva, feliz, excitada (excitação não se refere exatamente a sexo. Uma estréia, por exemplo, os momentos que antecedem uma entrada no palco é, para mim, um momento de excitação)... Qualquer dessas emoções é um ótimo momento para essa música. Gosto de ouvi-la, particularmente, quando estou com raiva. É tão... libertador.

Enfim, o que quero dizer é que não precisamos gostar só daquilo que é bonito e alegre, mas também daquilo que nos faz pensar, refletir, e perceber que não somos o centro do universo, e nem tudo existe para nos fazer feliz.
Não se pode virar a cara só porque diz alguma coisa ruim, pois é preciso abrir os olhos (os olhos, os ouvidos, a mente...)
Porque, caso você não tenha percebido, o mundo não é inteiramente bonito e muito menos justo, e a vida é dura, e nem tudo são flores.
Então porque eu tenho que gostar só do que é bonitinho? Eu gosto de arte, gosto do que é bem representado.

"A arte existe para perturbar."

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